Condenado e preso na Tailândia desde 2022 pelo crime de tráfico internacional de drogas, o paranaense Jordi Beffa recebeu um perdão real que diminuiu a sua pena de sete anos de prisão para quatro anos e oito meses, de acordo com o seu advogado
Como já vem cumprindo a pena há mais de três anos, o brasileiro de 27 anos deverá ser solto, no máximo, em 2026 e estará livre para voltar ao Brasil, segundo o advogado Petrônio Cardoso.
Cardoso explica que o monarca tailandês, Maha Vajiralongkorn, reduziu o tempo da pena do paranaense por considerar que Beffa apresentou bom comportamento durante a sua estadia na prisão, incluindo o cumprimento de tarefas internas.
"De tempos em tempos, o rei faz essa graça de dar o perdão para algumas pessoas que estão encarceradas", diz o defensor. "No caso do Jordi, ele recebeu dois anos e quatro meses de perdão real."
O brasileiro terá ainda de cumprir mais 1 ano e 4 meses de pena, mas existe a possibilidade de que esse tempo também seja reduzido. "A família nutre essa esperança de que no final deste ano, no mais tardar no início do ano de 2026, ele possa ser repatriado."
Na Tailândia, a punição pelo crime de tráfico de drogas pode chegar à prisão perpétua e, em casos mais graves, à pena de morte.
Conforme o defensor, Jordi Beffa foi julgado, sentenciado e condenado com base nas leis tailandesas, o que significa que ele não terá que cumprir o restante da pena em solo brasileiro. "Ele já vai ter cumprido 100% da pena na Tailândia".
Beffa foi preso em flagrante em fevereiro de 2022, quando desembarcou no aeroporto de Bangkok, capital do país, com cocaína - a quantidade não foi informada pelo defensor.
O brasileiro foi julgado e condenado a sete anos de prisão em regime fechado, que estão sendo cumpridos em uma cadeia masculina em Samut Prakan, na região metropolitana de Bangkok.
Desde então, ele tem mantido contato com a família e com a defesa via chamadas de vídeo, uma vez por mês. Conforme a Embaixada do Brasil na Tailândia, ele se encontra em bom estado de saúde.
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores diz que acompanha o caso por meio da Embaixada do Brasil em Bangkok e que presta assistência consular ao brasileiro desde a sua prisão. O órgão afirma que, pelo direito à privacidade, o Itamaraty não fornece informações pessoais e detalhes da ajuda concedida.