Tribunal da China condena à morte 11 integrantes de família que controlava central de golpes

Por Redação O Estado de S. Paulo - 30/09/2025 11:40

A Justiça da China condenou nesta segunda-feira, 29, 11 pessoas da mesma família à pena de morte por administração de jogos de azar ilegais, operações fraudulentas de mais de US$ 1,4 bilhão (cerca de R$ 7,5 bilhões na cotação atual) e assassinato.

Entre os condenados pelo Tribunal Popular Intermediário de Wenzhou estão Ming Guoping, Ming Zhenzhen e Zhou Weichang, membros da família Ming, da região de Kokang, em Myanmar.

A China emitiu mandados de prisão contra a família Ming em 2023. Na época, a suspeita era de que eles tivessem envolvimento com fraude, assassinato e detenção ilegal.

Outros 17 réus também foram julgados nesta segunda-feira: cinco foram condenados à morte, com suspensão de pena por dois anos - o que frequentemente é convertido em prisão perpétua -, e 12 foram condenados a prisão em regime fechado, com penas que variam de cinco a 24 anos.

O Tribunal Popular Intermediário de Wenzhou afirmou que o grupo administrava uma central de golpes digitais, esquema que tem se proliferado em países do Sudeste Asiático, como Myanmar, Laos e Camboja.

Eles obrigavam trabalhadores traficados a aplicarem golpes baseados em técnicas de manipulação - indústria que movimenta US$ 40 bilhões (R$ 212,9 bilhões) por ano, de acordo com estimativas do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime - e mataram pelo menos 10 pessoas que tentaram fugir, além de ter ferido outras duas. Com informações da Associated Press.