O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu que Israel pare imediatamente sua ofensiva na Faixa de Gaza e comemorou a resposta dada pelo grupo terrorista Hamas, que aceitou devolver todos os reféns israelenses.
Em um post na rede Truth Social, Trump disse acreditar que o acordo de paz, se fechado agora, resultará não só em um cessar-fogo na guerra de Gaza, mas em paz para o Oriente Médio.
"Com base na declaração recém-emitida pelo Hamas, acredito que eles estão prontos para uma paz duradoura. Israel deve interromper imediatamente o bombardeio de Gaza, para que possamos resgatar os reféns com segurança e rapidez. Neste momento, é perigoso demais fazer isso. Já estamos discutindo detalhes a serem acertados. Não se trata apenas de Gaza, trata-se da paz há muito almejada no Oriente Médio", escreveu.
A resposta do Hamas
O grupo terrorista Hamas afirmou nesta sexta-feira, 3, que concorda em liberar todos os reféns israelenses, vivos ou mortos, sob os termos da proposta de cessar-fogo apresentada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O anúncio foi feito horas depois de Trump dar um ultimato ao Hamas. Em uma rede social, o presidente americano disse que o grupo teria até domingo, 5, para aceitar a proposta, sob pena de enfrentar um "inferno total".
Em comunicado, o Hamas sinalizou disposição para entrar imediatamente em negociações para discutir os detalhes do acordo. Isso não significa, porém, que o grupo tenha aceitado integralmente o plano da Casa Branca.
O plano apresentado pelos Estados Unidos prevê que o Hamas não participe de um novo governo na Faixa de Gaza.
Ainda segundo a proposta, todos os membros do grupo terrorista poderão ser anistiados, desde que entreguem as armas e aceitem em conviver de forma pacífica com Israel.
O Hamas ainda mantém mais de 40 reféns sequestrados no dia 7 de outubro de 2023, durante o atentado terrorista contra Israel que resultou no início da guerra. Parte das vítimas está morta.
O grupo informou que aceita entregar o governo da Faixa de Gaza a um órgão independente formado por tecnocratas palestinos, "com base no consenso nacional palestino e no apoio árabe e islâmico".
"Quanto às demais questões apresentadas na proposta do presidente Trump que dizem respeito ao futuro da Faixa de Gaza e aos direitos legítimos do povo palestino, isso está vinculado a uma posição nacional unificada e fundamentada nas leis e resoluções internacionais pertinentes, a ser discutida em um quadro nacional palestino amplo, do qual o Hamas fará parte e contribuirá com plena responsabilidade", diz o texto.
O Hamas afirmou ainda que valoriza os esforços de países árabes e islâmicos, além do presidente Trump, para pôr fim à guerra na Faixa de Gaza.
*Com agências internacionais