O comissário da NBA, Adam Silver, afirmou na última terça-feira que o acordo coletivo de trabalho (CBA) da liga concederá uma parcela maior dos lucros à WNBA - a associação feminina de basquete norte-americana.
Durante sua participação no programa Today da NBC, Silver foi questionado se as jogadoras da WNBA deveriam receber uma parcela maior da receita da modalidade.
"Sim. Acho que 'parcela' não é a maneira correta de analisar isso porque há muito mais receita na NBA. Acredito que devemos olhar para os números absolutos em termos do que elas estão ganhando. As jogadoras vão receber um grande aumento neste ciclo de negociação coletiva, e elas merecem", declarou o dirigente.
Antes da aparição de Silver, que coincidiu com o início da temporada das confederações, Cathy Engelbert, comissária da WNBA, já havia apontado que uma reforma vantajosa para a liga estava a caminho.
Com o acordo atual, as atletas profissionais recebem somente 9,3% da receita total da WNBA, enquanto os jogadores da NBA recebem 49% dos lucros.
Durante o All-Star Game deste ano, grandes nomes da liga feminina entraram no ginásio vestindo camisetas com a frase "Paguem o que nos devem" estampada.
A tensão entre a diretoria e as jogadoras piorou em setembro, após Napheesa Collier, estrela do Minnesota Lynx, afirmar que a associação tem "a pior liderança do mundo" e demonstra "falta de responsabilidade".
Até o momento, o prazo previsto para o novo acordo ser apresentado é 31 de outubro. Porém, parte dos dirigentes já deram indícios de que a apresentação da proposta pode atrasar alguns dias.