Um grupo de manifestantes se reuniu no início da noite desta sexta-feira, 31, na Avenida Paulista, em frente ao Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp), região central de São Paulo, para protestar contra a megaoperação do início da semana nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro. A ação policial tinha como alvos lideranças do Comando Vermelho (CV) e deixou 121 mortos (sendo quatro policiais), se tornando a mais letal da história do Estado.
O ato "Chamada geral contra a morte" foi convocado por mais de 120 entidades do movimento negro e de direitos humanos. Na convocatória, eles pediam a prisão do governador do Rio, Cláudio Castro (PL), que classificou a operação como um "sucesso", e de toda a cadeia de comando da Polícia Militar (PM) do Estado.
Até por volta das 20h, manifestantes se concentravam na área em frente ao Masp, empunhando faixas, gritando palavras de ordem e também pedindo o fim da Polícia Militar.
Procurada pelo Estadão, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que a Polícia Militar acompanha a manifestação, que ocupa duas faixas da via. "Não houve intercorrências até o momento (20h)", afirmou a pasta.
A secretaria não informou uma estimativa da quantidade de pessoas no ato.
Mais cedo, no Rio de Janeiro, moradores dos complexos da Penha e do Alemão também protestaram contra a operação policial. Por volta das 15h15, os manifestantes estavam concentrados na Vila Cruzeiro.
O ato se encerrou por volta das 18h. Já no fim do protesto, alguns moradores realizaram uma motociata em um trecho da Avenida Brasil e retornaram ao complexo da Penha.
Mais atos contra o governo de Cláudio Castro e a polícia estavam marcados para esta sexta em outras regiões do País.